Levantamento aponta Piracicaba como a 42ª melhor cidade do país
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Entre os 100 maiores municípios brasileiros, Piracicaba se destaca como o 42º melhor do país, apontou o levantamento BCI 100 — Índice das 100 Maiores e Melhores Cidades do País.
O estudo inédito, realizado pela empresa de consultoria paulista Delta Economics e Finance, leva em conta indicadores de desenvolvimento das cidades com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e de outras instituições públicas, além do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano do Município).
Dividido em dez categorias, o levantamento considerou o desempenho das cidades brasileiras quanto à governança, bem-estar, finanças, economia, domicílio, saúde, educação e segurança, além do trabalho realizado na área digital e geral.
Dentre essas categorias, foram analisados 77 subitens, tais como expectativa de vida da população, índice de homicídios registrados, população economicamente ativa, número de médicos por habitante e taxa de analfabetismo na cidade.
Ao todo, Piracicaba somou 44,84 pontos — pouco mais da metade da pontuação possível, que era de 77 pontos.
A cidade ultrapassou diversas capitais do país, como Aracaju, Recife, Fortaleza, Maceió e Belém.
Em primeiro lugar do ranking ficou o município de Santos, com 72,89 pontos, seguido por Belo Horizonte, Jundiaí, Blumenau e Campinas.
Entre todos os indicadores avaliados, Piracicaba apresentou um dos melhores desempenhos do país no quesito Domicílio: a cidade alcançou 4,90 pontos de 5 pontos possíveis.
Nesta categoria foram avaliados números referentes ao número de residências com água encanada, domicílios com banheiro, serviço de coleta de lixo e acesso ao abastecimento e esgotamento sanitário adequados.
Outro destaque positivo foi verificado no quesito Segurança, no qual a cidade obteve 1,81 ponto — a primeira colocada neste índice obteve 1,98 ponto.
O quesito levou em conta a taxa de homicídio total e a taxa de homicídio de jovens no município.
O indicador Bem-Estar também teve boa avaliação, com 2,87 pontos, e levou em conta a esperança de vida ao nascer, o índice de mortalidade infantil, a probabilidade de sobrevivência até 60 anos e a dimensão longevidade apresentada no IDHM.
Por outro lado, Piracicaba teve desempenho ruim no item Governança, obtendo 12,59 pontos enquanto a primeira colocada teve mais de 23 pontos registrados.
A categoria era uma das mais amplas e avaliou 27 subitens, entre eles se os municípíos contavam com lei de uso e ocupação de solo contemplando prevenção de enchentes, Plano Municipal de Redução de Riscos, Defesa Civil Municipal com carreira própria, Fundo Municipal de Meio Ambiente e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
A sócia da consultoria responsável pelo mapeamento, Cláudia Belucio Araújo, informou que os dados da pesquisa serão repassados aos municípios, que poderão utilizar esses resultados para desenvolvimento de ações específicas nas áreas mapeadas.
O intuito do estudo, ela ressaltou, foi o de consolidar diversos atributos em um único índice que permitisse mensurar as diversas dimensões do processo de desenvolvimento socioeconômico da cidade e de seus habitantes, com foco nas condições de vida oferecida pelas cidades a seus habitantes.
Além dos dados do IBGE e do IDHM, também foram considerados números do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Ministério das Comunicações, Secretaria do Tesouro Nacional, Conselho Federal de Medicina, Ministério da Fazenda, Conselho Federal de Odontologia, Secretaria Nacional da Juventude e Secretaria-Geral da Presidência da República.
POSIÇÃO ATRAI INVESTIMENTOS — Para a economista e professora da Faculdade Anhanguera, Carla Germano, os resultados da pesquisa são muito interessantes para os piracicabanos, principalmente por mensurar o desenvolvimento do município.
Segundo ela, o desempenho das cidades costuma ser observado por investidores e a boa colocação em um ranking do tipo acaba sendo mais um atrativo para Piracicaba.
“De 100 cidades avaliadas, Piracicaba ficou entre as 50 melhores, tendo resultado superior a muitas capitais, e isso é muito positivo. Esses resultados refletem o desenvolvimento da cidade e isso é levado em consideração pelos investidores, que começam a enxergar a cidade como um foco fora da linha da capital. Esse movimento acaba atraindo novas empresas, novos investimentos e que, consequentemente, irão gerar mais renda para a população”, afirmou a professora.
Ela ressaltou que a cidade já tem passado por um franco crescimento nos últimos anos, recebendo novas empresas e expandindo sua diversidade econômica, que vai além do setor sucroenergético — antes predominante na região.
